sábado, 1 de novembro de 2008

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Não por hoje
Hoje será de apreciar o horror
Hoje é para ser esquecido
Para cair sem peso no abismo
É para ser infrutífero
Hoje não há rotina
Hoje é morrer, e de morrer de novo
Hoje é de não ouvir
Escorregar através do limo
Hoje é dia, data e hora
Sem sentir o cheio
Não há o que sentir
É hoje que se vai
Não demorar é ir bem
Mas vai mal, não se preocupe
Retroceder, palavra-chave
Sem portas, nem janelas
Calçar os sapatos
Apagar as velas
Sorrir forçadamente
Fechar os olhos
Torcer organizadamente para não abrir
Abrirá e tudo vai estar
Não hoje, sempre