tag:blogger.com,1999:blog-60134394486712823942024-03-13T09:09:34.899-03:00EstorietaEstórias de mim para...todos!!!Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-39862104134253693212009-11-07T18:56:00.003-02:002009-11-13T12:00:20.808-02:00O MEU VASCÃO VOLTOU!!!!!!!!!!!!!!!<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SvXfeGlqVuI/AAAAAAAAAII/qpbSMz_N534/s1600-h/a37ca9b9-baeb-3011-891a-3d67c67162c7.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401469036358424290" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left; width: 320px; height: 188px;" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SvXfeGlqVuI/AAAAAAAAAII/qpbSMz_N534/s320/a37ca9b9-baeb-3011-891a-3d67c67162c7.jpg" border="0" /></a><br /><div>É com grande prazer e satisfação... e com todos os sentimentos (esses que não podiam parar) positivos e maravilhosos das emoções humanas. O Clube de Regatas Vasco da Gama está de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído: A série A do Campeonato Brasileiro de Futebol. Exatos 11 meses depois de um rebaixamento triste, a torcida coloca o sentimento de amor pelo time de história mais bonita desse planeta, em primeiro lugar e empurra o time de volta (junto aos incansáveis jogadores) à elite. Não tenho quase nada para falar, além das palavras que gritei o ano todo, enquanto acompanhava os jogos do meu time (leia, amor!) em seu momento mais difícil: EU TE AMO, VASCÃO!<br />Não houve nada, absolutamente nada que me tirasse o amor, a paixão, o carinho e o respeito por essa instituição que fez de mim, desde os 11 meses de idade (como já havia dito no post do rebaixamento) alguém que ama de verdade. Para os vascaínos, fica a minha amizade e a minha vontade de te abraçar e gritar “O MEU VASCÃO VOLTOU!”. Para aqueles que não são, deixo os meus sentimentos, já que jamais irão sentir o que eu sinto por esse time da Colina. E termino dizendo as palavras que disse naquele post triste que nunca mais quero voltar a ler ou escrever:<br />AVANTE VASCÃO!!!!!!!!</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-33504864646272774202009-08-11T02:25:00.003-03:002009-08-11T02:43:43.154-03:00Motores<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SoEBKhylzEI/AAAAAAAAAH4/8KdufY8h7w8/s1600-h/P1011428.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368573511183223874" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SoEBKhylzEI/AAAAAAAAAH4/8KdufY8h7w8/s200/P1011428.JPG" border="0" /></a><br /><div><br />Hoje, mais cedo, o homem veio me trazer um botijão de gás. Trinta reais. Viver está ficando cada vez mais caro. E agora voltei a me deitar no sofá. Eu escrevo. Escrevo sem parar, mas sinto uma preguiça incalculável. Tive que trocar o gás. O idiota não pode nem trocar o gás. Estou morrendo de preguiça e coçando o saco. Estou de saco cheio dessa cidade cinza e provinciana. Eu tenho preguiça de sair daqui. Mas eu quero sair. Não agora, agora preciso ir até a casa da frente. A casa da dona dessa casa. Vou pagar o aluguel e reclamar do cheiro forte de tinta que está entrando direto na minha sala, onde passo a maior parte do meu tempo lendo, escrevendo e coçando o saco, sempre deitado no sofá. Quase não ligo essa velha televisão. O rádio, sempre me acompanha. Mas quase sem músicas. As notícias da CBN, isso sim. Mas elas também não me interessam. O que realmente me interessa é escrever. Uma escrita maldita. Uma que só eu saiba e consiga ler. Eu não recebo visitas. Tenho que ir pagar o aluguel. No meu quarto, a velha estante que era ainda da repartição do meu pai está quase caindo, mas eu a escoro com um banco velho que trouxe da casa da tia Marta. Velha insuportável, me cobrou doze reais. Nessa instante, todos os meus cadernos. Com aquela escrita maldita que sai de mim. As vezes, encontro as letras, palavras, frases, perdidas em folhas soltas. Eu as colo em outras folhas que condizem. Vou me levantar e pagar o aluguel. A senhoria estava esperando desde ontem, mas eu não trabalhei de dia. Ontem de dia eu só escrevi. Escrevo tudo que penso que é para não correr o risco de ser tachado como louco. Mas essa é a contradição que me impede de publicar qualquer escrito. Eu não sou louco. Eu sou apenas um bom preguiçoso. A kombi precisava ser lavada essa tarde, mas eu só vou trabalhar a noite. Tenho que pagar o aluguel. Vou adormecer antes que eu resolva enfim levantar. O aluguel fica para depois.<br />Acordei com um plano mirabolante de não pagar o aluguel, mas um processo demoraria séculos, e eu não tenho tempo para desperdiçar meu tempo livre. Por isso eu pago. Em cima da geladeira, tem um pato onde minha mãe guardava os ovos. Ela faleceu faz três meses exatos. Três meses hoje, dia de pagar o aluguel. Não liguei muito para o enterro, muito menos para a morte dela. A família me acha um monstro sem sentimentos, mas tudo o que eu preciso para lembrar dela está naquele quarto ali, na direita do banheiro. Não, não era seu quarto. Era o quarto onde ela guardava o que não queria. O que queria jogar fora. Discos, babilaques e fotos. Louças, lâmpadas e cartas. Ela guardava lâmpadas. Não era coleção, pois ela não desejava aqueles lixos. Ela simplesmente não se desfazia. Em um isopor enorme, lá estão as lâmpadas. Eu não mantive essa mania. Mas sinto-a me recriminando porque joguei fora as duas lâmpadas que queimaram nesses três meses. Três meses hoje, dia de pagar o aluguel. O cheiro de tinta é forte, mas não vale um processo longo e demorado que vai me tirar do sofá e dos cadernos por algum tempo. Eu trabalho a noite, pois eu gosto de passar o dia lá dentro de casa. Aqui fora, nem a mangueira rende frutos. E eu tenho que pagar o aluguel. Fui até a casa da dona da minha casa. A minha casa, não era minha. Fora antes dos meus pais, como todas as outras daquela pequena vila. Mas o meu pai vendeu a vila faz tempo. Eu e meu irmão ainda não havíamos saído de casa. Meu irmão estudou muito. Eu parei no primeiro período de engenharia. Era uma merda. Meu pai vendeu a vila quando éramos pequenos. Eu não me lembro, meu irmão deve se lembrar melhor, ele é mais velho. Nem sei o motivo. Agora, a dona da minha casa é quem é a dona. Antes era o seu Joel, mas ele também vendeu. Vendeu pra essa velha. Eu tenho repúdio à velhice. Não se pode deitar na velhice, se não você sente dores. A velhice é uma doença que os preguiçosos não se podem dar ao luxo de ter. É dia de pagar o aluguel. Seu Joel não nos deixava pagar. Dizia que tudo que havia conquistado era graças à vila do meu pai. Ele também era velho. Velho e ignorante. Velho e burro. Burrice é uma doença que os preguiçosos não podem ter. Ela nos priva de argumentar a favor da nossa própria doença. Chamei feito um louco a velha que é dona da minha casa. Ela é velha, mas não é burra, apesar de ser ignorante. Ela não atendeu. Nessa vila só moram velhos. Eu não pretendo ficar velho e decrépito. Eu fumo, eu bebo e dirijo pelo menos doze horas por noite. Durmo pouco, escrevo muito. Deu vontade de comer. Essa louça está na pia faz três dias. Há três meses atrás, minha mãe morria. Hoje, exatos três meses depois, é dia de pagar o aluguel. Mas a velha Carmita não responde. Sim, Carmita é o nome da velha que é dona da minha casa. Mas ela não responde. Esse cheiro de tinta me dá fome. Vou até a vizinha comê-la. Ou quem saber comer. Se não, busco a kombi e vou comer na pensão. A chave está dentro de casa. E eu sentado no murinho da varanda. Mais uns dez minutos e eu vou pegar. Três meses depois que enterraram minha mãe, é dia de pagar o aluguel. A velha Carmita cobra.<br />Senti-me obrigado a voltar. Ela não atende. Não atende mesmo. Então vou até a minha vizinha. Chego com o apetite e os hormônios em fúria. Ela grita “entra”, como quem tem urgência que eu o faça. Encontro-a toda molhada, encostada com a barriga no tanque, me olhando cheia de maldade. Noto que ali acima da panturrilha esquerda, começa a se mostrar umas varizes. Fico meio enojado no início, mas logo ela me convence a entrar. Eu já mostro uma ereção significativa. Ela, secando as mãos num pano de pratos encardido, me pergunta o que fui fazer ali. Respondo que estou com fome e senti o cheiro de boa comida. Ela se mostra surpresa. Encara com um sorriso bobo, a minha cara dura. Eu reparo a louça na pia. Não deve estar a tanto tempo quanto a minha. Reparo acima do filtro de barro, pregado na parede, um calendário do ano passado. Eu reparo tudo. Ela coloca um belo prato de comida. Eu não terminei de comer. No quarto, depois de gozarmos quase juntos, ela tenta me falar de como está a vida de solteira. Que era também era bom me dar enquanto casada. Eu ouço poucas palavras. Levanto nu e cortando totalmente o barato digo rispidamente: “preciso pagar o aluguel!”. Saio levando uma maçã. E a velha, dona da minha casa, dona Carmita, ainda não está lá. Começo a estranhar, mas que se foda.<br />Ela ma chama. É ela, é a velha. Ela quer o aluguel. Eu vou até o pato da minha mãe, em cima da geladeira. Hoje faz três meses que enterraram a minha mãe. Eu não estava lá. Não me arrependo. Não me arrependo mesmo. O dinheiro do aluguel eu deixo no pato. No pato da minha mãe, em cima da geladeira. Ela usava para guardar os ovos. Esse pato é horrível. Eu não consigo me livrar dele. Nessa casa só tem coisas velhas. Eu não quero chegar à velhice. Pago o aluguel, volto para o sofá. Daqui a pouco tenho de ir trabalhar. Comida, eu estou precisando comprar algo para cozinhar. A geladeira está completamente vazia. O armário também. Cigarros eu tenho. Acabei de apagar um. E ainda tem uns três maços lá no quarto. Faz tempo não entro no meu quarto. Há uns três dias não saio desse sofá nem para toma banho. Hoje faz três meses que enterraram minha mãe. Hoje paguei o aluguel. Hoje comi a vizinha. Vou trabalhar.</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-62059762984888458502009-07-13T09:10:00.002-03:002009-07-13T09:13:59.226-03:00O Bom e Velho ROCK AND ROLL<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/Slsk_iOOdQI/AAAAAAAAAHQ/eY0vbLPkO54/s1600-h/kurtcobain_01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357916855624168706" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 174px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/Slsk_iOOdQI/AAAAAAAAAHQ/eY0vbLPkO54/s200/kurtcobain_01.jpg" border="0" /></a><br /><div>Senhoras e senhores, hoje é o dia internacional do rock. Já vimos anos de mais pompas e barulheiras nesse dia. Porém, nos tempos atuais, Michael Jackson, 50 anos de carreira do rei Roberto (que já estrelou o rock nacional) e obsessão da Globo junto a propagandas do Itaú, nos tiram esse privilégio por quase completo. Mas como já nos acostumamos com o que já foi dito, comemoremos essa data tão importante da maneira que nos parecer melhor. Ora, idas e vindas já marcaram o aniversariante de diversas maneiras: ídolos, tragédias, mortes, ressurreições e aproveitando títulos atuais, som e fúria. O rock é um coquetel de outros rítimos e suas influências e seus influenciados variam tantas vezes que não nos deixa raciocinar sobre. E isso sem dúvida é uma dos grandes tesouros que o rock possui por baixo de suas escamas de couro, all star e cabeleiras.<br />O dia em que festejamos o rock foi intituído na década de 80, alguns bons anos depois de Little Richard e outros que deram a tragetória do bom e velho rock and roll aquilo que mesmo em seus dias mais difíceis, manteve sob suas asas. O dia de hoje, tem menos importância pra muitos, o festival no qual a comemoração foi outorgada também, mas não devemos nunca nos esquecer da proposta do rock de alcançar os corpos e principalmente as mentes joviais e adentrar por dentro das caixas de som, fazendo com que esse território fosse, muito bem explorados pelas almas que o habitam. Por mais que outros acontecimentos no mundo ofusquem até de maneira significativa tal data, sejamos rock and roll e destruamos barreiras em nossas atenções, para que o tal clichê: “O ROCK NUNCA MORRE!” se torne a pura verdade. E se alguém se pergunta se eu mesmo sancionei o ato para mim mesmo, é só perceber que cortei os contos do programa, só para dar um espaço ao felizardo de hoje.<br />Ao rock, bom e ruim, boa vida e vida longa!<br /><br />Também, como é costume nessa data, estou disponibilizando uma lista dos rocks mais tocados nas minhas caixinhas. Segundo o Last Fm:<br /><br />1 – Radiohead<br /><br />2 – Vanguart<br /><br />3 – Cachorro Grande<br /><br />4 – Blur<br /><br />5 – Radiotape<br /><br />6 – Arctic Monkeys<br /><br />7 – The Who<br /><br />8 – Yeah Yeah Yeahs<br /><br />9 – Little Joy<br /><br />10 – The Smith</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-51968262267640296972009-06-11T20:54:00.002-03:002009-06-11T20:58:40.275-03:00Do Orelhão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SjGaI8zU86I/AAAAAAAAAHI/plaksGP0ykE/s1600-h/orelhao_triplo-225x300.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SjGaI8zU86I/AAAAAAAAAHI/plaksGP0ykE/s200/orelhao_triplo-225x300.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5346223711216530338" /></a><br /><div>Seu Romão, preso político, velho sonhador e ranzinza estava escutando um disco do Lupicínio deitado no sofá. A preguiça o estava dominando naquele momento tênue entre um sono e um gostoso som de pássaros. Na varanda o coleiro cantava alto. O mundo andava devagar.</div><div>Ana Rosa desembarcava na Grande Curitiba, com uma mala espalhafatosa e os dedos gélidos. Implorou, radiante, por um pouco mais de calor no sangue já em cubos cristalinos de gelo.</div><div>Foi até o orelhão e discou o número da casa do pai, esperando um pouco daquela paz que a fez voltar à cidade modelo.</div><div>Explodiu na sala do seu Romão o “trim” do telefone antigo. Ele, com uma caneca de leite quente nas mãos atendeu com vontade de desatender imediatamente. Ela, Ana Rosa, foi falando primeiro para não perder tempo</div><div><br /></div><div>- Pai!</div><div><br /></div><div>Seu Romão, também para não perder tempo disparou:</div><div><br /></div><div>- Não tenho filha com essa voz de puta paulistana!</div><div><br /></div><div>Ela, confusa, foi conferir na agendinha de papel o número da casa de seu velho pai.</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-14524895145895574712009-03-31T16:28:00.001-03:002009-03-31T16:29:55.049-03:00O dia de Deus e o dia do Diabo<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SdJvKiQhZqI/AAAAAAAAAHA/bgXUYJn_Wlc/s1600-h/deus+e+o+diabo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5319436336663455394" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 315px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SdJvKiQhZqI/AAAAAAAAAHA/bgXUYJn_Wlc/s320/deus+e+o+diabo.jpg" border="0" /></a><br /><div>Para o padre, observa o moleque sentado na porta de sua igrejinha. Curioso, já ia entrando quando volta e pergunta ao guri:<br /><br />- O que estás a fazer aqui meu filho?<br />- Ora seu padre, me dê um tempo!<br /><br />A arrogância destemida do rapazinho para com o padre surpreendeu a dona beata que passava na hora vinda de arrumar a sacristia.<br /><br />- E isso lá é maneira de se falar com os mais velhos, menino?<br /><br />O espevitado mandou uma banana para a beata e colocou sebo nas canelas da escadaria da igrejinha. Mais tarde, a mãe chegou do trabalho do mercado da cidade com um quente e dois fervendo. Passou a mão numa chinela velha de coura que o pai calçava dentro de casa e foi logo caçando aquele mal educado. Encontrou o pequeno urinando na planta mais querida, nos fundos do quintal e foi logo perguntando:<br /><br />- Mas o que há com você hoje, Patrício? Todos me fazendo reclamação pela cidade. Dona Ângela me disse que o senhor lhe fez gestos feios. Seu João me disse que até roubaste um pão doce da cesta do padeiro mais cedo. Está com o capeta, meu filho?<br /><br />- Pois a senhora está enganada – retrucou o espertinho – Passei o dia inteiro me divertindo, brincando de ser Deus.<br /><br />No domingo seguinte, ao sair da missa com os pais, resolveu contar a próxima brincadeira antes de fazer para não se repetir a surra.<br /><br />- Mãe, amanhã eu posso brincar de ser o diabo?</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-73298136339216784812009-02-16T22:07:00.001-03:002009-02-16T22:09:07.515-03:00Chaveiro-canivete e a rainha do... terninho<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SZoOJ5LiKdI/AAAAAAAAAGo/wp8pgJ5Ur1w/s1600-h/CANIVETE++CHAVEIRO.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5303567074312989138" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 284px; CURSOR: hand; HEIGHT: 284px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SZoOJ5LiKdI/AAAAAAAAAGo/wp8pgJ5Ur1w/s320/CANIVETE++CHAVEIRO.jpg" border="0" /></a><br /><div>Na Presidente Vargas lotada caminhava uma garota carioca. Terninho que era uniforme da Embratel. Falante ao celular novinho que havia comprado com o ultimo salário. Um luxo, tira foto e o caramba. Passa um moleque correndo, leva o móvel, ela nem vê. Fica lá com uma das mãos ainda perto da orelha, nem sabe direito o que aconteceu. Chora, pede ao guarda que veste cáqui alguma providencia, mas nada pode ser feito. Esses catiços treinam na areia da praia. No asfalto, aí é que eles só faltam voar. Puta da vida, foi na Central. Achou um beco vendendo bagulho em plena luz do dia.<br />- Me dá um de dez pra fazer efeito rápido.<br />Mandou pra dentro do nariz uma mistura danada. Olhou pra esquerda e viu o moleque prestes a trocar o celular com um outro vagabundo. Foi decidida a negociar com o infeliz.<br />- Quer fazer uma troca justa por ele?<br />- Pode ser – Falou o xincheiro.<br />- Me devolve essa porra, que eu te pago um almoço e ainda te faço um boquete. Tudo por minha conta.<br />- Quero não dona, pode levar – Disse de olhos esbulhados o safado.<br />Ela deu de mão no telefone e levou embora, deixando cinco merréis pra ele. Ele, lembrou humilhado que já haviam feito essa mesma oferta. Assim ele perdeu o pinto. Nas mãos de uma desvairada que possuía um tal de chaveiro canivete. A tal havia comprado no trem. </div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-79923148463651424442009-01-10T02:13:00.002-02:002009-01-10T02:15:06.490-02:00Uma puta... provavelmente<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SWggsjycFLI/AAAAAAAAAGY/gK9qHCEgU04/s1600-h/minnie.jpeg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289513712239776946" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SWggsjycFLI/AAAAAAAAAGY/gK9qHCEgU04/s320/minnie.jpeg" border="0" /></a><br /><div><br />Os diversos ritmos musicais refletiam na parede do pequeno apartamento, vindo principalmente dos arredores dos arcos. A vida boemia do bairro era conhecida e não parava. Jonas agitava-se na cama para lá e cá com um sentimento de vazio. Levantou-se. Tomou um belo gole de suco e voltou para o quarto, onde pegou os cigarros. A mente repleta de agonia, com aquela mistura de ruídos ensurdecedores e incrivelmente variados. Se encaminhou pra sala com um cigarro na boca e um jeans no corpo. Pensou alguns instantes na vida com o cigarro nos dedos. Era tarde. Mas era na madrugada mesmo que ganhavam a vida. Coragem nunca faltou. Jonas achava mesmo que quem não tinha coragem de seguir com aquilo era ele. Mas algo lhe dizia que era preciso. Depois que fizera a primeira vez e com prazer, era um sinal que tudo havia de ser feito quantas vezes achasse necessário. Voltou ao quarto. Calçou um chinelo e vestiu uma camiseta branca.<br />A mulher assustada que estava, levantou com uma tremenda desconfiança e com o olhar de quem nada gostava.<br /><br />- Escuta aqui seu Jonas, já é a quarta vez que eu lhe vejo saindo escondido na madrugada. Eu perguntei se você queria sair e o senhor me disse que não. Posso saber que raios vai fazer na rua às três da manhã?<br /><br />Jonas deu uma belíssima desculpa esfarrapada para a esposa que lá ficou a engolir tal mentira. Nas ruas, o homem agoniado encontrou gente de tudo quanto é tipo. Vestidos de todas as maneiras. Os sons continuavam entupindo-lhe os ouvidos e a vida festeira da Lapa parecia não passar diante dos olhos. Acendeu mais um cigarro enquanto caminhava. Permanecia com a alma inóspita e inoperante. Expressão de quem não pensa em nada. Pensou na Lourdes. Mulher de garra e fibra. Agüentaram bastante em Del Castilho, vivendo de aluguel na casa de uma das tias da mulher, agora conseguiram comprar aquele apartamento.<br />Jonas parecia sufocado. Esbarrou em um molecote que estava drogado e procurou briga. Seguiu em frente sem olhar pra trás com os olhos quase vidrados. Lembrou das outras vezes que sentou na cama precisando fazer com que a vida parasse. Havia de parar. Cismou estar sendo seguido e a quase esquizofrenia lhe custou uma parada obrigatória para ser taxado se maconheiro pelos policiais que lhe revistaram pelo caminho. Sem flagrante e com documento, os canas deixaram Jonas seguir com um olhar perdido, mas que parecia determinado. Andou mais uns metros, alcançando um antigo galpão onde antes havia sido a casa de um bloco carnavalesco do bairro. Jonas havia feito um de seus poucos bons sambas para aquele bloco. Sentou-se na calçada do bloco. Do bolso tirou o maço de cigarros e um cantil que havia surrupiado do cunhado que morava no Recife. Deu um grande trago no cigarro e um gole na cachaça. Atentamente, esperou o que estava para acontecer. Os olhos fixos numa porta de ferro do outro lado da calçada. De lá, sai um rato que mais parece um gambá de tão enorme. E se aproxima de um objeto metálico no chão. Ouve-se um grunhido de dor. Lá estava o bicho asqueroso, preso e morto por sua gula infindável. Jonas aos risos, entornou mais cachaça pela goela.<br />Enquanto isso a mulher em casa reclamava ao telefone com uma amiga do curso de inglês:<br /></div><br /><div>- Não sei. Uma puta... provavelmente</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-59080525387601315622008-12-08T23:57:00.002-02:002008-12-09T00:09:49.157-02:00É preciso acreditar<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/ST3Q1A5aivI/AAAAAAAAAGI/1-Ud3JUMND0/s1600-h/vasco.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5277603947540548338" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 258px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/ST3Q1A5aivI/AAAAAAAAAGI/1-Ud3JUMND0/s320/vasco.JPG" border="0" /></a><br /><div>Meu texto poderia falar das datas comemorativas de fim de ano, mas vou falar de algo muito mais importante pra minha vida. No dia 7 de Dezembro de 2008, caía um gigante. O Clube de Regatas Vasco da Gama não pode lutar contra os anos de sucateamento e apenas 10 anos depois da conquista do título mais importante da sua história, sente o gosto amargo de não poder disputar no próximo ano a série A do Campeonato Brasileiro. O coração vascaíno chora as lágrimas que a desilusão e o sentimento de dever não cumprido trazem.<br />O tal dia, foi um dos mais tristes da minha vida. Com 11 meses vesti minha primeira grande camisa do Vasco, autografada pelo maior ídolo do clube e então presidente, Roberto Dinamite, dando assim, meus primeiros passos sólidos. Amar esse time não deve ter divisão e nem fronteiras. É mais do que simplesmente torcer, ou mesmo acreditar no poder do esporte. É cultuar religiosamente uma instituição da qual tenho orgulho de me apaixonar e amar a cada dia. Sofri e chorei com o Vasco muitas vezes. Tantas que nem sei contar. Mas as alegrias e os risos foram tão superiores e infindáveis que a história do Vasco suprime toda essa tristeza que o peito de nós todos, torcedores vascaínos sentimos nesse presente momento. Temos de ter fé e esperança que os erros que hoje nos resultaram o fracasso, nos estabeleça a confiança de uma administração sadia, segura e profissional, acima de tudo, trazendo de volta os dias de glória que o nosso Vasco merece. Devemos ainda, lembrar sempre que, não há mídia, divisões, jogadores ou barreiras, que sejam maiores do que o Vasco junto de sua fiel torcida é e sempre será e que, enquanto as frustrações dos outros sejam aliviadas com nossas desgraças, quem perde é o futebol carioca, brasileiro e do mundo, por não ter [por enquanto] o Vasco na série A.<br />É tempo de acreditar no Vasco, amar e respeitar aquela camisa infindavelmente e acima de tudo, gritar mais uma vez que o Vasco é o time da virada e do amor. Pois é exatamente isso, a torcida, essa alma inquebrantável de emoções, delírios e sim, lágrimas, por que não... que o não grande, o Gigante, Clube de Regatas Vasco da Gama voltará para onde nunca deveria ter saído, a elite do futebol brasileiro e mundial. A todo torcedor vascaíno eu deixo a minha solidariedade e amizade. Ao Vasco, deixo o meu amor eterno e a certeza de que nunca irei te abandonar e estarei ao seu lado até depois do fim, seja na maior das alegrias ou na pior das tristezas. Não temos tempo pra luto, AVANTE, VASCÃO!</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-7908174656895689502008-11-01T15:51:00.004-02:002008-11-01T16:05:11.066-02:00Continue<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SQyYwNXSMkI/AAAAAAAAAD4/Xizrksw15Ww/s1600-h/continue.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 252px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SQyYwNXSMkI/AAAAAAAAAD4/Xizrksw15Ww/s320/continue.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5263750018477732418" border="0" /></a><br /></div><br /><div style="text-align: center;">Não por hoje<br />Hoje será de apreciar o horror<br />Hoje é para ser esquecido<br />Para cair sem peso no abismo<br />É para ser infrutífero<br />Hoje não há rotina<br />Hoje é morrer, e de morrer de novo<br />Hoje é de não ouvir<br />Escorregar através do limo<br />Hoje é dia, data e hora<br />Sem sentir o cheio<br />Não há o que sentir<br />É hoje que se vai<br />Não demorar é ir bem<br />Mas vai mal, não se preocupe<br />Retroceder, palavra-chave<br />Sem portas, nem janelas<br />Calçar os sapatos<br />Apagar as velas<br />Sorrir forçadamente<br />Fechar os olhos<br />Torcer organizadamente para não abrir<br />Abrirá e tudo vai estar<br />Não hoje, sempre</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-32025245982871317182008-09-26T03:29:00.003-03:002008-09-26T04:26:57.581-03:00Por um pouco de felicidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SNyMjX0Gl_I/AAAAAAAAADo/b93_rx4Iiew/s1600-h/caminho-de-pincel.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SNyMjX0Gl_I/AAAAAAAAADo/b93_rx4Iiew/s320/caminho-de-pincel.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5250225804923017202" border="0" /></a><br />Era um domingo de sol. Portas e janelas abertas nas casas da rua, churrasco na calçada e uma pelada organizada pelos moleques. Acordou ás duas da tarde o Eugenio, lá com uns 43 anos e parecendo ter menos. Gostava de dormir sob a sensação térmica do frio provocada pelo condicionador de ar. A bagunça provocada pela festa do dia anterior o deixava cansado e dava mais vontade de voltar pro quarto refrigerado e confortável.<br />Indo em direção a geladeira, resmungou numa linguagem quase inteligível um palavrão, posteriormente entornando em grandes goles dois copos d'água. Sentou-se vagarosamente no sofá da sala com uma xícara de café na mão, de frente para a TV desligada. Fitando sua própria imagem na tela, sentiu-se vazio sem o tanto de gente que permaneceu na festa até quse o dia raiar. Lembrou-se quase que no mesmo instante, da carteira desaparecida que ainda não havia achado. Pensou no que ele ficaria aborrecido de perder além dos documentos: uma medalhinha de Nossa Senhora da Graça, fotos das filhas e um samba que havia rabiscado uma semana antes no boteco com o amigo. Notou porém, que ele era o único em casa. A mulher devia estar no mercado. Tentou falar alguma coisa consigo, mas quase imediatamente mudou de idéia. Levantou-se do sofá rumando para a cozinha. Abriu a geladeira em busca de cerveja, mas não tinha. Meteu a mão por cima do armário procurando o maço de cigarros, que lá estava, mas vazio. Reparou então, que a casa estava demasiadamente escura e que os pães que estavam na cesta, estavam bolorentos e duros. Confuso, tentou sorrir mas não conseguiu. Irritado, tentou raciocinar e nada evoluiu. Então voltou-se para o quarto, inquieto e impaciente. Sem ter exito em qualquer feito, decidiu dormir e sonhar com algo feliz. O sono não veio e por consequência, não trouxe os desejos. Fechou a cara, limpou a mente e decidiu se bastar, mas agoniado levantou-se e se pôs a andar feito louco para lá e cá.<br />Não demourou escutou ruídos de motor de carro velho. Olhou pela janela do quartou e viu que era a kombi velha da entrega do supermercado. Escutou as risadas das filhas e uma advertência da mulher para com as crianças. Deitou-se e voltou a dormiu para sonhar. As crianças foram correr atrás do cachorro. Lembrou antes de conseguir cochilar onde colocara a carteira. Sonhou vendo-se andando sem rumo.Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-53569155683118304402008-08-31T18:11:00.003-03:002008-09-01T00:57:00.327-03:00Assim é que se faz<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SLtn0XCV7LI/AAAAAAAAADg/OMK_R6LnxhE/s1600-h/camelo.bmp"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SLtn0XCV7LI/AAAAAAAAADg/OMK_R6LnxhE/s320/camelo.bmp" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240896740610403506" border="0" /></a><br />Depois de alguns aguardados meses, finalmente está para ser lançado o álbum solo do guitarrista e vocalista [tal como, eventualmente baixista] da banda Los Hermanos, Marcelo Camelo. Vou ser sincero, adoro as composições do Camelo, mas não esperava que o disco fosse tão bom e empolgante. É bem verdade que do disco que tem 14 faixas, eu só escutei 10. Porém, meu sorriso em cada faixa se abria com uma intensidade grande. A minha satisfação em ouvir algo tão sincero, de alguém que não podia se esperar outra coisa [ e que eu acabei esperando menos...], foi fabulosa. Musicas como ''Liberdade'' e ''Tudo Passa'' remetem quem ouve ao pensamento de qualquer coisa sobre si, ''Copacabana'' uma gostosa marchinha, abre as portas pra banda de apoio de Camelo brincar de fazer música boa, os paulistas do Hurtmold tratam de segurar essa ''responsabilidade'' com uma grande capacidade e qualidade e a beleza de 'Mais Tarde'' e ''Janta'' - essa ultima com uma excelente participação de Mallau Magalhães - vem com a simplicidade já tão presente nas letras do Hermano.<br />Antes mesmo de ouvir o disco, li sobre algumas influencias que Marcelo Camelo teria usado pro seu disco. Em um site, a afirmativa foi de que ele chega a ''flertar'' com Caymi. Ora, qual músico brasileiro que tenha como a música brasileira sua principal influencia não dialoga em algum momento ídolos da nossa música como João Gilberto, Milton Nascimento e o próprio mito Dorival Caymi? Mas acho mesmo, do fundo dos ouvidos, que a influencia de Camelo pra esse disco são seus próprios discos. Junto de seus irmãos: Rodrigo Barba, Rodrigo Amarante e Bruno Medina. Não, o disco de Camelo [denominado ''sou'' mas que pode virar ''nós'' em alguma música do album] não é igual aos discos anteriores dos Hermanos, mas se tem alguém com quem Camelo flerta de fato é com seu próprio talento e com a vontade própria de escrever e tocar boa música, já presente na época do grande quarteto carioca. Tudo bem que com Dominguinhos, Rob Mazurek e o próprio Hurtmold caminhando ao lado, é mais difícil errar e muito mais ainda não beber e em fontes riquíssimas como Dorival, mas não é porque o mar e o brilhantismo de Camelo são evidentes no álbum que ele é tão previsível no som e nas influencias. Aliás, são juntos, o mar e o brilhantismo que tornam complexo e gostoso ''sou'' e o que ele pode oferecer dentro da ambiguidade simplicidade/complexidade, aí sim já previsível nos trabalhos de Marcelo Camelo, um dos mais descentes compositores e músicos da minha geração.Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-21273036280635967602008-07-25T16:47:00.004-03:002008-07-25T18:47:39.595-03:00Os 98 Bastardos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SIpGin_HS6I/AAAAAAAAADY/mtg8j1co2Hc/s1600-h/bastardos.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SIpGin_HS6I/AAAAAAAAADY/mtg8j1co2Hc/s320/bastardos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5227067878180080546" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p>Era domingo e o boteco do Bené pegava fogo. As donas-de-casa dos dias de semana e os maridos bêbados de todos os dias de Fla-Flu sambavam ao som de um doído pagode. Era um tal de tentar flertar com as antigas putas rebombeiras que o bairro escondia, sentar no colo dos cobradores de ônibus que curtiam sua folga e de cantar aos altos pulmões a simplicidade das letras impregnadas do amor chulo. Era além de tudo feriado e só o bar do Bené abrira as suas enferrujadas portas de ferro. De fato, era uma alegria que contagiava toda a massa. Era até bonito vivenciar algo do gênero. Muitas das almas que lá estavam, não compartilhavam a mesma felicidade em outros aspectos ou outros momentos. </p> <p class="MsoNormal">Mercadinho, padaria, locadora... Tudo fechado. Somente o botequim dirigido pelo já famoso Bené sobrevivia a um feriado no domingo. Os crentes já se agitavam com o culto que estava para chegar, os homens já aqueciam suas gargantas para gritos de “filho-da-puta” contra o juiz ou ao craque que perdeu um gol e as mulheres já preparavam os mesmos palavreados para a falta de atenção dos mesmos homens, quando eu, que estava bebendo em uma das mesas junto a dois amigos vi a chegada de um antigo vizinho. Homem rigoroso com os filhos, com a mulher e o trabalho, seu Joel era um indivíduo bem peculiar. Falava tranquilamente, se expressava com certa cautela e pensava suas palavras, justamente para não se ver misturado a gentinha que atolava o bar. Para ele, que gostava mesmo era de música estrangeira, mesmo sem conhecer quase nada nem das histórias e das letras, era o que prestava. Aquela melação não era nem para homem. Esse negócio de ficar que nem mulherzinha com cabelo cheio de goma e rebolar, não fazia parte da vida de seu Joel. Aquela merda toda era falta de vergonha, isso sim. </p> <p class="MsoNormal">E lá estava seu Joel, entrando naquela barraca cheia de gentinha.Como todo estabelecimento de bem estava fechado, o jeito era compra a coca-cola do almoço lá na birosca do Bené. E seu Joel já entrou com a cara amarrada de estar naquele antro. Já foi logo pedindo licença de cabeça baixa para não trocar olhar com gente daquele porte. Mas mesmo se escondendo como um rato que foge de uma vassoura voraz, foi reconhecido e cumprimentado e com louvor por um dos nossos vizinhos, Luís Joelho. Luís Joelho era gente fina, mas não conseguia manter a boca calada. Havia gente que cochichava pelos cantos que era de família, pois seu pai tinha perecido de morte matada por nego que era de prestar serviço sujo aos donos da situação, só porque revelara que viu uma rapa deles aplicando um sujeito ladrãozinho perto da linha. Pois bem, seu Joel o cumprimentou e tratou logo de ir buscar seu refrigerante e sair da bagunça armada no tal botequim. Já se ia descendo a calçada, quando Luís Joelho o chamou de volta. Perguntou se seu Joel queria se sentar e tomar uma com ele e seus amigos. Seu Joel negou logo, disse que ia almoçar com a família, mas com o argumento de um copo só porque era seu aniversário, Joelho dobrou o velho Joel e o convenceu a uma cervejinha só. Quando sentou-se, o homem quase se levantou de imediato, estava lá sentado também, Cabrito, homem de muito prestígio entre gente desalmada que encomendava a alma do filho alheio ao Cão. Os filhos nunca prestavam, mas não era de direito dos comerciantes furtados exercerem essa justiça. Joel temia muito o homem, mas não o respeitava. Olhava para Cabrito como se fosse um verme. ‘Além de ser matador, esse safado também é filho-da-puta. É um bastardo’, sempre fala seu Joel.</p> <p class="MsoNormal">Depois do terceiro copo, como não era muito de beber, seu Joel já estava se dando por satisfeito e até de língua solta. Falou mal do Botafogo, time do dono do bar, reclamou do som alto que não deixava os outros conversarem e pra finalizar, disse que o bairro era uma merda e que era capaz de encontrar em vinte e quatro horas é capaz de nomear cem bastardos para a rapaziada se divertir as custas. Mal sabia seu Joel, mas o desafio foi aceito logo por Cabrito, que coçava os dedos e buscava na cerveja esfriar a cabeça pra não puxar a arma para aquele paraíba metido a ‘Zé Pureza’. Cabrito foi logo dizendo em tom de ameaça: </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">- Esperto isso que o senhor disse. Quero ver fazer mesmo. Quero ver me dar nome de cem filho de chocadeira daqui do Nova América.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">- Se to dizendo que faço, não preciso da tua voz pra fazer. Se duvida, arruma papel e caneta que lhe dou nome e endereço dos bastardinhos e das puta véia.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">- Então meu bom... aguarda aí que logo trago o que tu me pediu.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Voltava Cabrito de dentro do boteco do Bené trazendo uma caneta e uma penca de guardanapos para o já desestimulado seu Joel, a cerveja já começava dar lugar a adrenalina de dizer não a uma coisa que um homem daquele havia levado para o pessoal. A tensão aumentou enquanto o dito cujo avançava para a mesa onde Joel, Luís Joelho e mais alguns outros estavam sentados. Joel tratou logo de dizer que não era para Cabrito levar nada para o lado pessoal e que ele já estava alto com os copos de cerveja, sem falar que a mulher ainda o aguardava com o refrigerante para o almoço. Logo um grito irrompeu deixando todos os fregueses de olhos esbugalhados. Cabrito tava com o trinta e oito na mão, mandando o paraíba sentar. O sangue nos olhos do matador e a saliva saltando da boca.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">- Agora tu vai escrever essa porra. Tu não sabe de que saco meio bairro veio?<span style=""> </span>Não ta aí todo cheio de maldade falando dos outros? Então escreve filho-da-puta, diz aí quem é cria de chocadeira. Fala de mim e da minha finada mãe pra voce ver como não lhe acerto os cornos.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Indignado com o acontecido, Bené e a turma do deixa disso foram logo entrando em ação para acalmar os ânimos. Mas para piorar, seu Joel decidiu ser corajoso logo naquele dia e xingou o matador de tudo quanto foi nome ruim. Os homens do bar tentaram impedir que tudo recomeçasse. Mas Luís Joelho foi logo gritando:</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">- Deixa, não é de hoje que Cabrito quer resolver isso. Aquele filho novo do Joel é dele. O moleque é do Cabrito, deixa os dois resolverem que nem homem, porra.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Fez-se silencio imediato no bar inteiro, no cenário, o tempo havia parado. Ninguém parecia saber que o Cabrito, que andava condenando almas que ajudaram no adultério da esposa alheia, estava comendo a mulher do seu Joel. De repente um estampido. Corre, corre e Luís Joelho se esvaindo em sangue caído e morto no chão. Só quem restou no bar, foi Bené, o dono, Joel e Cabrito e o falecido, o bocudo Luís Joelho. Fim do segredo, <st1:personname productid="em Nova América" st="on">em Nova América</st1:personname>, todos eram bastardos. Todos mesmo. </p> <p class="MsoNormal">Dos nomes que seu Joel se lembrava dentre os filhos de chocadeira, ele tinha certeza de noventa e oito. Mas faltavam dois para os cem propostos, e esses podia ser contatos com o próprio filho, de meses e ele próprio, já que a sua mãe quando saiu da paraíba foi parar nas bocas de Santos e era amante de cantor famoso. Dizem que era o Nelson Gonçalves. Mas no Nova América, neguinho fala de todo mundo. </p>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-65832155961439612042008-06-24T13:26:00.006-03:002008-06-24T17:19:21.541-03:00Será tudo um sonho?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SGErSoMvm3I/AAAAAAAAADQ/sRF-4k0I6PI/s1600-h/sky1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SGErSoMvm3I/AAAAAAAAADQ/sRF-4k0I6PI/s320/sky1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5215497442500254578" border="0" /></a><br />Essa madrugada tive a ligeira impressão de não estar sonhando quando, na verdade, eu estava. Vou explicar melhor... É complicado de entender mesmo, mas eu estava sonhando, de fato, com uma cena que já tinha acontecido há uns dias atrás. Eu brigava com as minhas priminhas por elas estarem satisfazendo a curiosidade no controle do vídeo game, o que é um crime quase sem direito julgamento no meu país - o meu quarto - e isso culminou na expulsão das perigosas menininhas. Foi exatamente com isso que sonhei. Incrível a riqueza de detalhes com que o sonho copiou a antiga cena. O trabalho do subconsciente foi muito bem feito. Tão bem feito que, como eu estava cochilando no sofá onde os controles estavam jogados, acordei com as mãos por cima deles e com as pupilas dilatadas - assim me imaginei - e quase esbravejante. Me deixou muito curioso também esse fato, por mais que eu tenha expulsado as gurias, não fui rude. Ao contrário, segui uma linha sutil e lembrei que no sonho esbravejei como um louco. Não faço idéia do que aconteceu para eu ter esse sonho tão 'diferente', mas eu desejei imediatamente refletir sobre esse acontecido e achei dois pontos em questão. Um foi 'será que isso é desejo reprimido?', e aí eu seria um monstro. O outro ponto foi 'será todaa vida um sonho?'. Eu sei que isso é muito, mas muito mesmo contra qualquer originalidade, mas e juro que me ocorreu essa questão. Sabe-se lá o que eu estava pensando na hora e até mesmo o que penso agora, mas fiquei com uma impressão terrível que eu não vivi esses momentos, que eles simplesmente passaram por mim porque a minha mente os determinou.<br />Bem, é loucura voltar depois de exatamente um mês com um texto que questiona o sentido da vida de forma tão superficial. Mas vocês devem saber como é final de período de faculdade e como é sonhar com coisa tão esquisita. Ou pelo menos já viram filme. Não é? Estão me lendo? Existem...?Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-66695834186694792242008-05-24T22:44:00.004-03:002008-05-25T01:12:45.606-03:0010 para 20<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SDjE62GoRaI/AAAAAAAAADI/xg2S2X72Ck0/s1600-h/zapaaniv.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5204125884661384610" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SDjE62GoRaI/AAAAAAAAADI/xg2S2X72Ck0/s320/zapaaniv.jpg" border="0" /></a><br /><div><br />Hoje o texto não terá profundidade. Não será algo de que o Estorieta possa realmente se sentir orgulhoso de ter alguém que nele escreve, assim, tão bom. O texto desse dia 24/05/2008 é comemorativo. Nesse dia, há 20 anos atrás eu estava nascendo e eu não me lembro como era. Mas eu lembro de hoje. Sei quais serão as cobranças daqui pra frente, as mudanças... Talvez não saiba como lhe dar. Eu ainda não me sinto com 20 anos. Nem ao menos sei identificar como se dá esse processo em que se fica mais velho, os desejos aumentam de uma maneira tão perigosa que jamais poderei deixar de não ficar atento e de, supostamente entrar pra fila da responsabilidade. Não sei nem ao menos se isso se dá dessa forma. Tenho tanto medo do futuro que cordialmente alcanço o presente com a preguiça de quem não quer chegar lá. Não quero fazer de cada dia 24 de maio daqui pra frente um calvário, porém, seria de extrema utilidade que eu realmente me fizesse sem rumo, como uma pedra rolando.<br />A originalidade de se ter 20 anos é tão magistralmente defeituosa que chega a parecer balões de festa que já estão furados desde antes dos sacos serem abertos. Quero dizer, exceto aos que morrem antes, todos nós fazemos 20 anos. Cristo fez 20 anos, Marx, Bob Dylan e Emiliano Zapata também. Todos fizeram coisas brilhantes e bem originais, mas todos fizeram 20 anos igualmente, como um grande supermercado ou drogaria. Nem esse texto é original. Bem, as palavras de certo são minhas, mas eu surrupiei o título e o que vem a seguir do Zeca Camargo que fez algo semelhante no blog dele quando ele estava completando algum aniversário na casa dos 30. Trinta é mais difícil que 20. Mas também não é tão original quanto se parece. Contudo, seria uma hipocrisia completa dizer que não estou feliz. Estou tão feliz que escolhi dez músicas que mais me marcaram ou que o momento me revelou agora. Dez músicas para vinte anos. Nesses 20 anos, elas vieram e ficaram na ponta da minha língua e nos buracos dos meus ouvidos, buscando só serem alguma coisa através dos meus sentimentos. Não vou numerá-las porque cada uma teve sua importância. Não vou numerá-las porque eu sou tão comum agora que elas vêm por mim tão comuns quanto eu. Não vou porque sou comum e tenho 20 anos, talvez até como você.<br /><br /><br />A Lista<br /><br />Like a Rolling Stone - Bob Dylan<br />Eleanor Rigby – The Beatles<br />Todo Carnaval Tem Seu Fim – Los Hermanos<br />How To Desapear Completely – Radiohead<br />London, London – Caetano Veloso<br />Given To Fly – Pearl Jam<br />Para Abrir os Olhos – Vanguart<br />About a Girl – Nirvana<br />Sunday Morning – Velvet Underground and Nico<br />Espelho – João Nogueira </div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-48326465418734373702008-05-07T12:32:00.005-03:002008-05-07T15:02:57.074-03:00Sessão Conto - A prova de Inglês<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SCHgS7WceXI/AAAAAAAAADA/miJ6YXBjptg/s1600-h/prova+de+ingles.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/SCHgS7WceXI/AAAAAAAAADA/miJ6YXBjptg/s320/prova+de+ingles.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197682060736362866" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Danilo, treze anos, tentava desesperadamente estudar trancado no seu quarto. A recuperação se aproximava com a velocidade de um jato. Aliás, jato era uma palavra que não saía da cabeça do menino. Sua mãe, havia mantido seu jato de controle remoto guardado e escondido desde que soube dessa história de recuperação, ela não havia ficado nada contente. É claro que para ter seu avião de volta ele tentaria de qualquer maneira burlar aquela situação adversa pra se encontrar com seu brinquedo novamente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">A professora de inglês de Danilo era, chamando generosamente, um demônio e as suas avaliações se tornavam martírio na mão dos guris que urinavam-se de desespero. O que Danilo não sabia, era que o maior castigo imaginado por sua mãe não era deixar de pilotar seu avião, comprado pelos avós com muito custo. Nem tão pouco perder as saídas com os amigos. A mãe já havia decidido que se houvesse repetência, Danilo iria estudar um ano numa escola pública da região. Ele não sabia, mas ali, naquele quarto, sua luta não era somente pelo avião de granfino que ganhara dos avós depois de alguns anos recebendo presentes de vestir ou de comer no aniversário. Danilo lutava por sua permanência numa classe onde seus maiores medos e preconceitos se escondiam e podiam permanecer ocultos até os papos com os amigos e as brigas e peladas contra os moleques mais pobres e que estudavam no ‘Brizolão’ mais próximo de sua casa e escola. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">No dia do maldito exame, foi o primeiro a acordar. Arrumou-se e tomou café com uma motivação jamais vista desde os tempos do ensino infantil, saiu adiantadamente, com a disposição <st1:personname productid="em alta. Mas" st="on">em alta. Mas</st1:personname>, bastou sentar-se à carteira para sentir o estômago dar saltos dentro de si. Observou o relógio e nem ao menos ouviu os brados de lealdade invocados pela professora, tentando alertar os alunos para que não cometessem o pecado capital da cola, ainda mais com uma professora tão rígida. Recebeu a prova. Sentiu suas mãos suando frio e o estômago agora pipocava em seu ventre. Lembrou-se do avião, da mudança de escola não, ele nem desconfiava o quão grave era a situação. E pronto! Havia começado a fazer a avaliação de recuperação em inglês. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Cada vez mais, melancolicamente via seu destino mais claro nas entrelinhas da prova. Tudo se parecia impossível de se resolver. Tudo que havia estudado no seu quarto antes, não passava de besteiras sem sentido. Para não dizer que tudo era um inferno, Danilo estava se virando com as questões mais fáceis. Porém, nas mais difíceis, e consequentemente as que mais valiam pontos, estava se arruinando e vendo sua determinação encerrar-se. Já não tinha mais jeito. Era entregar a prova e rezar por uma nota cinco. Era tudo o que Danilo precisava.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Chega o dia do resultado. Não com o mesmo afinco anterior, Danilo se dirige à escola com a esperança no coração. Ainda sem saber seu principal castigo, caminhava como um zumbi, sem perceber absolutamente nada ao seu redor. Pensava exclusivamente na sua nota. ‘Só um cinco’, pensava ele. A entrada da escola apinhava-se de alunos ávidos por suas salvações ou condenações para uma vida futura de estudos, estudos e estudos. Quando sua série foi chamada para receber o boletim, Danilo sentiu na espinha um frio dos Andes. Calou-se repentinamente e deixou o animado papo sobre futebol com os amigos para depois. Isso se houvesse depois... <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Depois das piores férias da sua vida, Danilo teve de se contentar e consolar com a escola pública. Ia diariamente triste, como se fosse para uma forca. Não engolira o quatro e meio que a maldita professora de inglês havia lhe dado na prova. ‘Um absurdo!’, bradava ele. Um dia, depois de sofrer na mão dos antigos desafetos todo o tipo de ‘barbaridade’ escolar, chegou em casa aos berros<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">- Mãe, não quero mais voltar pra lá! Por favor, não me deixa voltar!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">- Foi você quem desperdiçou a chance Danilo, não eu.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">No dia seguinte, levantou-se com um comportamento muito estranho. Como no dia da prova de inglês que o levou ao fracasso, foi o primeiro a levantar-se. Foi até o quintal, colocou na mochila uma pequena lata de tinta que há tempos estava jogada num canto, pegou no banheiro um velho batom da mãe e seguiu rumo a seu martírio diário. Passou antes na antiga escola e vendo tudo fechado e ainda vazio, como previu, pintou com a tinta do avô no portão branco ‘SUNDAY MORNING, NEVER MORE’, a frase que o tinha reprovado. Seguiu então para sua nova escola. O olhar perdido de uma mente mergulhada na insanidade pairava sobre seu rosto mais que as sardas e espinhas. Entrou na nova escola como um jato, o jato que jamais conduziria de novo, e foi logo sendo importunado por seus novos colegas de classe. Pintou então, com o batom da mãe, a mesma frase que havia pintado no portão de sua antiga escola na camisa branca de seu uniforme. Foi para o alto do prédio, onde a quadra de esportes reinava absoluta no último andar. Sem ao menos explicar ao inspetor o porquê do seu uniforme pintado, fugindo as regras do colégio, atirou-se lá de cima. Caiu no gramado como um herói com a frase ‘SUNDAY MORNING, NEVER MORE’ no peito. Finalmente havia aprendido um pouco de inglês.</span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Guilherme Cabral</span></p><p class="MsoNormal"><br /></p><br /><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Para ler ouvindo - Sunday Morning / The Velvet Underground and Nico<br /><span style="font-size:16;"><o:p></o:p></span></p>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-21650068035266732852008-03-29T05:15:00.002-03:002008-03-29T05:26:32.864-03:00Depois de tempos... O Amor...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R-389JUpVfI/AAAAAAAAAC4/27gUr9t_k4Q/s1600-h/bonecas-russas05.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R-389JUpVfI/AAAAAAAAAC4/27gUr9t_k4Q/s400/bonecas-russas05.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183076873578042866" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Sinceramente hoje, depois de tanto tempo, venho a esse blog com uma importante e por isso problemática exaltação. Uma exaltação ao amor. Não de uma maneira superficial ou melosa, mas de uma maneira mais abragente. Uma maneira que possa fazer o leitor raciocinar sem o intuito de ajudá-lo nas escolhas ou manifestações. Uma maneira que valorize o espírito e o sentimento humano como pouco podemos ver. Uma maneira que não nos prenda somente a emoção, mas também que nos transporte as nossas próprias mentes numa viagem significativa.</p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>Curiosamente, quando abro, aleatoriamente o amigo “Aurélio” para tirar uma dúvida, encontro a palavra “ereção” logo de cara. Isso tem a ver com o amor, mas não da maneira que quero abordar nesse texto. “Ereção ” não cabe no contexto que quero usar. Não obedece a maneira que, sem alarmes ou surpresas supera as expectativas, e nem ao menos se envolve com o sentido amplo que esse texto pretende se encaixar. O amor do qual falo, se estampa de forma simples, porém complicada. Se fortalece das angustias alheias como vírus, mas não mata... só, denigre também. Mas não pense que ele é mau por isso. Ele age de forma rápida e viril, e cruel também... porém, gosta daqueles que sentem nos defeitos do próximo um calor seguro, quase confortável e tranqüilo. O amor do qual quero falar, habita lugares inóspitos – apesar da contradição -, reside sozinho num vale inquebrantável de desejos e bons fluidos, aliás suga isso também. Desperta na mais profunda 3ª série e renasce na faculdade. Confunde as cabeças mais confusas, agride seus pesadelos repletos de melancolia e solidão, jogam os sonhos a prova. Queima o âmago da questão “viver”. Amar dessa forma é não ter medo de ser feliz. É acreditar que tudo passa da batatinha que esparrama pelo chão, até as novas descobertas de ser eterno enquanto durar e, ainda sim, não ver nenhum fragmento da vida do Amor vagar livremente. É reconhecer a derrota pro desconhecido, é ser vencedor sem saber. É só exercer o direito de amar, pois quem não sabe amar ou não ama, jamais merecerá ser amado. </p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=""> </span>No fundo, amar é como nas histórias tolas que se embasam nos clichês quase mitológicos. Só que os personagens não querem viver sob o pretexto de serem felizes para sempre. Eles não aceitaram isso. Eles só querem as reticências no final... e que seja eterno enquanto dure, de preferência que se prolongue, como o final desse texto. Ou seria um simples desabafo...<span style=";font-family:Arial;font-size:13;" > ?</span><span style=";font-family:";font-size:8;" ><br /></span></p><br /><p class="MsoNormal" style=""><br /></p>Não sei... <p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:";font-size:8;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:";font-size:8;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:";font-size:8;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:";font-size:8;" ><o:p> </o:p></span></p>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-58821961550233155982008-01-28T21:12:00.000-02:002008-01-29T02:30:08.411-02:00O ultimo capítulo das festas paralisadoras<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R55pOZ9FgNI/AAAAAAAAACw/0JHQRvIaLBE/s1600-h/the_communist_party_large.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R55pOZ9FgNI/AAAAAAAAACw/0JHQRvIaLBE/s400/the_communist_party_large.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5160677919219351762" border="0" /></a><br />Essa é a primeira vez que venho escrever nesse blog depois do boom das festas de fim e início de ano estourar nas nossas cabeças como os fogos de Copacabana. É triste ter de sentar pra escrever depois de várias doses de cachacinha amarela, copos de cerveja e dias de férias, no entanto, vou tentar juntar um pouco do que fiz no natal e ano novo e o que a princípo farei nesse carnaval. Bom, começando pela festa mais consumista do ano, a minha foi muito boa. Primeiro que passei com a minha namorada. Foi também a data de um amadurecimento extra na nossa relação, que nos passou uma credibilidade e afinco maior ainda pra tentativas de mais avanços futuros. Na virada de ano, poucas coisas se diferenciaram. Mais bebidas, beijos e declarações de amor, vindo acompanhado de novas e importantes amizades. Agora o carnaval é que eu ainda não sei. Depois de trocar presentes de amigo oculto, fazer contagem regresiva e ficar olhando pro alto feito um bobo curtindo luzes artificiais, aí vem o carnaval... O carnaval é a melhor festa pra quem gosta de se fantasiar, de pegação, de jogar aquelas neves artificais nos outros... mas também é uma festa que faz pra muitas pessoas tanto sentido, que elas escolhem como parte da vida. Eu particularmente, apesar de gostar bastante dos blocos, me refugio sempre em alguma praia cheia de gente que mora perto da minha casa e a noite vou comer pizza pra reencontrar com o Rio.<br />O meu ideal nessas festas é mesmo arranjar uma maneira ímpar de se divertir antes de cair na mesmisse. Elas são de muitas formas negativas, porém, de outras positivas, claro que se você pensar na sua individualidade. Mas se pensarmos no coletivo, essas festas atrasam bastante coisas que são de suma importância não só para o país, mas para centenas e milhares de pessoas que dependem do funcionamento de determinado orgão. Mas, isso não significa tanta coisa, não é? E cuidem-se aqueles que necessitam, os feriados vem aí...Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-4013818417736167342007-12-09T20:53:00.000-02:002007-12-09T21:17:41.505-02:00Oh! Marido Infiel - Sessão Conto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R1xyJlcFfTI/AAAAAAAAACo/sdwlDsoj73Y/s1600-h/ma_top0504.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R1xyJlcFfTI/AAAAAAAAACo/sdwlDsoj73Y/s400/ma_top0504.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5142110383544565042" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal">Lá estava ela, deitada na cama da irmã, chorosa e com ódio da vida. Chorava um triste acontecimento que seu filho lhe contava pelo telefone. O tal acontecimento era sobre seu marido, que aproveitando de uma separação breve e acometido por um ciúme infernal de outro homem, colocou uma sirigaita dentro de casa. O filho, sofrendo os males de ter uma madrasta, não se conformava com algo tão turbulento, e não acreditava que ele, sendo um príncipe quando ainda estava sob as asas da mamãe podia lavar a garagem e dormir no escritório com a presença dessa mulherzinha. Para piorar, a tal amante levara consigo dois filhos e eles estavam gozando de todos os direitos que ele tinha. Principalmente sobre os alimentos que continham na sempre cheia geladeira e dispensa. </p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>- Mãe, essa mulher apareceu de onde? A senhora tem que voltar pra casa! Eu já não agüento mais essa vida de empregado. Se a senhora não voltar – berrava o filho em desespero, ao telefone - , vou enlouquecer!</p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>Ele, o filho, sempre fora meio fresquinho. Criado entre duas irmãs mulheres, era homem-macho, mas tinha lá suas vontades por ser o caçula. De quando em quando, dava um chilique pra conseguir o que queria e agia habilmente com a dissimulação que adquiriu com os anos da infância. Mas agora, estava com toda a razão. Estava sendo humilhado na mão da tal bruxa-madrasta que o pai tinha colocado dentro de casa. Um absurdo! </p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>A mãe e mulher, sofria bastante com a notícia. Mas se impunha como a vítima forte, daquelas que se voltam contra o malfeitor. As piores. Estava ela disposta a acabar com aquela palhaçada. Vivia resmungando pelos cantos o que faria se chegasse lá de supetão e encontrasse aquele cafajeste dando abrigo a outra mulher que não fosse ela. E ainda por cima sem o borogodó que ela tem. Uma branca! Vê se pode!</p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>Saiu em disparada da casa da irmã e entrou num táxi.</p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>- Moço, me leva para o aeroporto! – ia acabar com aquela “festinha” dentro de casa. – E anda que estou com pressa!</p> <p class="MsoNormal">- Mas a senhora está sem bagagem! – perguntou o motorista interessado e fuxiqueiro.</p> <p class="MsoNormal">- E daí?! </p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>Ela ia descer o braço nos dois e ia armar a maior quizumba. Antes, ligou para o filho e avisou que estava indo embora e logo estaria em casa para tocar a estranha para a rua. Comprou uma passagem e embarcou duas horas depois. Somente com um livro que comprou no aeroporto. Desceu do táxi vindo do aeroporto de sua cidade, já na porta de casa com a cara amarrada. O carro que o filho tinha que lavar na sua ausência não estava mais... achou estranho e pediu a Deus que seus planos não fossem interrompidos. Entrou sorrateiramente na casa que ela arrumou e lavou tantas vezes. A casa que fora profanada por aquele imundo. O cachorro não estava no quintal, e portanto devia estar se acolhendo da chuva fraca que caía, na área. Ligou a luz da sala e foi direto ao quarto já com os ânimos exaltados, abriu a porta e nada. Com um pavor já lhe correndo nas espinhas, abriu o guarda-roupa para conferir se tudo ainda estava no seu devido lugar – Vai que esse louco me largou aqui, sem nada e sem ter como pagar as contas -, tudo estava como ela deixou antes. Então, se encaminhou para o escritório. Os dois deveriam estar se lambuzando naquele carpete escolhido com tanto carinho por ela, a raiva voltou a dar lugar ao desespero. Nada! “Meu Deus<span style=""> </span>- pensou ela -, cadê os safados? Nem Astoufinho estou vendo.” Foi quando se encaminhou para a cozinha. Lá estavam os amigos e vizinhos de quem ela mais gostava. Todos eles. Até os amigos do boliche, lá se encontravam, as escuras para lhe desejar uma boa volta. O filho e o marido, riam em um canto no acender as luzes, gritando: "SURPRESAA!!!" Ela, comovida, nada disse e foi beijar os amores de sua vida.<span style=""> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>Até hoje não se sabe se a tal amante existiu ou se era apenas uma armação para ela voltar ao lar. Se bem que para ela, não importava. As aparências iriam continuar, como sempre.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-71466268095283077432007-11-28T02:21:00.000-02:002007-11-28T12:29:10.155-02:00De mim sobre elas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0z4_g_u7cI/AAAAAAAAACQ/TBXwwLPoKg8/s1600-h/FlyingWoman_400x400.png"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0z4_g_u7cI/AAAAAAAAACQ/TBXwwLPoKg8/s320/FlyingWoman_400x400.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137755044995591618" border="0" /></a><br />Estava eu hoje na condução voltando da faculdade, quando percebi que olhava atentamente para uma menina que estava no ônibus. O que me pareceu num primeiro momento um ato da mais profunda canalhice, já que tenho namorada. Aí me ocorreu uma lembrança da madrugada anterior, quando eu conversava com uma querida amiga e estava justamente lhe dizendo o que reparei nela físicamente. O que eu achava que me atrairia se não fossemos tão amigos. E uma frase de minha própria autoria, que disse quando percebi a expressão assustada dela : "sou um apaixonado pela beleza femina". Ora, somos em grande maioria, todos fãs da beleza femina. Mas naquele momento eu falava de uma beleza que mesmo externa me parecia interna. Uma espécie de social-democracia da beleza física. É o tal do charminho. Aquele que nós nos perdemos a maioria das vezes que nos entregamos a uma mulher que não tenha os atributos físicos, daqueles já descritos num dos posts anteriores, iguais aos que querem que nós gostamos como unanimidade. Eu não sei sempre o que se deve fazer para conquistar uma mulher ou trazê-la mais pra perto disso possível, mas eu sei algumas coisas que não são recomendadas fazer. Não é nenhuma receita de bolo não. É algo que os leitores podem encarar como pequenos toques de uma pessoa que não é especialista e que aprendeu esses míseros conselhos simplesmente vivendo. Ou seja, fazendo esse tipo de "besteira". Abaixo fiz uma pequena lista do que não precisamos fazer numa empreitada de conquista. Vejamos:<br /><br />1. Nunca mandar pra pretendida uma canção tal qual Creep do Radiohead para ela. Além dessa canção não servir para isso, ela é devastadora.<br /><br />2. Se você quiser que ela não veja seus interesses num primeiro momento, nunca pergunte sobre o namorado que você sabe que ela não tem. Isso a deixa em estado de alerta e se ela não quiser e vier com o famoso "nada a ver", vai ser quase impossível uma reversão nessa situação.<br /><br />3. Não pense que ela está "te dando mole", pois não está.<br /><br />4. Nunca mande rosas vermelhas de primeira. É pesado demais e faz parecer uma coisa séria. Mande umas amarelas.<br /><br />5. Convide-a para ir em um lugar que é da convivência dela, não sua. Dê terreno pra ela se sentir mais a vontade.<br /><br />6. Sempre que possível não fale através de ninguém. Somente seja você mesmo.<br /><br />7. Papo cabeça nem sempre é a melhor solução. principalmente aqueles que te fazem um alto conhecedor e é simplismente ignorado por ela.<br /><br />8. Se você não corresponde ao gosto dela e mesmo assim a quer, procure ser paciente. Não chato. Seja inclusive, divertido.<br /><br />9. Não use essa lista para se dar bem. Sua situação pode ser diferente. Encare de uma maneira diferente da auto-ajuda.<br /><br />10. Que ela não seja a mulher dos seus sonhos. Porque sonhos serão sempre sonhos.<br /><br /><br /><br />Acredito que minha reflexão sobre o universo feminino não acaba dessa forma. Por isso procuro entender menos que posso as mulheres. Acho que seria mais fácil, com toda a certeza se elas continuassem só romantias e entendessem nossas maneiras simplórias de vê-las. Mas como diria meu amigo Capitão Nascimento, "quem disse que a vida e fácil?"Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-71193317860169547942007-11-20T23:18:00.000-02:002007-11-20T23:21:44.266-02:00Uhul Radiohead no Brasil!<a href="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0OIFw_u7bI/AAAAAAAAACI/04ynZD6F5Pw/s1600-h/radiohead.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135097632765439410" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0OIFw_u7bI/AAAAAAAAACI/04ynZD6F5Pw/s400/radiohead.jpg" border="0" /></a><br /><div>Só pra constar, quase certo da vinda de uma das melhores bandas do mundo em terras brasucas!</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Que venha o Radiohead. Eu irei se Deus permitir!</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><a href="http://www.ateaseweb.com/2007/11/20/radiohead-to-include-south-america-on-tour/">http://www.ateaseweb.com/2007/11/20/radiohead-to-include-south-america-on-tour/</a></div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-68791005256740361602007-11-20T22:37:00.000-02:002007-11-21T14:44:58.490-02:00Dinheiro Grátis<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0OHIA_u7aI/AAAAAAAAACA/hEuxrFq_5mw/s1600-h/dolar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5135096571908517282" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0OHIA_u7aI/AAAAAAAAACA/hEuxrFq_5mw/s400/dolar.jpg" border="0" /></a><br /><div>Quanto vale um </div><br /><div>Quanto vale um coração? </div><br /><div>Quanto vale um vale? </div><br /><div>Vale um ou dois milhão?</div><br /><div></div><br /><div>Quanto vale uma esquina?</div><br /><div>Vale mais que uma mão! </div><br /><div>Quanto vale um vale</div><br /><div>Vale pra população?</div><br /><div></div><br /><div>Será que vale um dólar </div><br /><div>o seio da menina?</div><br /><div>Será que vale um euro</div><br /><div>a fumaça da usina?</div><br /><div>Será um mito sujo</div><br /><div>ou Maria Gasolina?</div><br /><div>Um dinheiro usado</div><br /><div>ou o valor da medicina?</div><br /><div></div><br /><div>Quanto vale um ódio?</div><br /><div>Quanto vale essa mesada?</div><br /><div>Quanto vale a arte?</div><br /><div>Quanto vale a empregada?</div><br /><div></div><br /><div>Vale um dólar mesmo</div><br /><div>ou somente um trocado,</div><br /><div>o salário humilde </div><br /><div>do amigo deputado?</div><br /><div>Vale mesmo tudo pra salvar</div><br /><div>o mundo todo?</div><br /><div>Ou será um baile,</div><br /><div>um champangne ou terno novo?</div><br /><div></div><br /><div>Será que vale um dólar</div><br /><div>o seio da menina?</div><br /><div>Será que vale um euro </div><br /><div>a fumaça da usina?</div><br /><div>Será um mito sujo</div><br /><div>ou Maria Gasolina?</div><br /><div>Um dinheiro usado </div><br /><div>ou o valor da medicina?</div><div></div><div></div><div></div><div>Letra:Guilherme Cabral</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br 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Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-49860831169160330512007-11-19T21:17:00.000-02:002007-11-19T21:39:12.371-02:00Um século depois... várias coisas para se falar!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0Iefg_u7ZI/AAAAAAAAAB4/3F2ckZ_6vnE/s1600-h/riocard.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5134700051937815954" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/R0Iefg_u7ZI/AAAAAAAAAB4/3F2ckZ_6vnE/s400/riocard.bmp" border="0" /></a><br /><div>Olá! Depois de algum tempo sumido, gostaria de dizer que é muito legal voltar a escrever no meu bglog. Como poucos sabem, minha vida acadêmica está atrapalhando um pouco as minhas atividades extra-currículares. Portanto, eu não tenho tantos assuntos que não estão de alguma forma ligada com ela. Minha vida social está ligada a ela de uma forma que nem consigo mais controlar. Livros? Só os que a acadêmia escolhe pra eu ler, caso o contrário (Aquele livro do saramago que comprei... e etc.) nem devem ser levados em consideração. Apesar de todo o trabalho, estou cada vez mais feliz de fazer parte da minoria do país.</div><br /><div>Mudando um pouco de assunto, mas sem desviar o foco da vida acadêmica, eu quero falar de algo que me leva e trás da faculdade todos os dias. O Riocard. Sinceramente, vocês gostam dele? É uma coisa moderna e tal... tem suas vantagens, sendo que uma delas estar no fator transporte do valetransporte. Mas e as coisas mais importantes de uma condução, como por exemplo a bala? Como fazemos para utilizar nossos vales transporte eletrônicos para comprar a tão querida e amada bananada? E a grandiosa paçoca? De fato, o Riocard está efetivado no nosso sistema de transportes. Ele já rege o maior tempo de nossas vidas. Sem ele, fica ruim sair de casa. Principalmente eu, que guardo eu suado dinheirinho para tomar umas com os amigos. O Riocard facilita em algumas coisas, e eu não sou nem um pouco saudosista, mas prefiro bastante o vale de papel.</div><br /><div>Bem, pra um recomeço no Estorieta acho que é só. Prometo não mais abandoná-los.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>Até breve...</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-75858910017526457852007-08-25T14:00:00.000-03:002007-08-25T14:08:57.624-03:00Mulheres, baladas, colégios irreais e afins...<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/RtBiA2w2IuI/AAAAAAAAABw/nQL18TqWTxk/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5102686144650683106" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/RtBiA2w2IuI/AAAAAAAAABw/nQL18TqWTxk/s400/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div>Tenho lido bastante sobre o perfil da mulher carioca da classe média ou alta. Justo, é o produto que vende no caderno "Ela". Realmente se você encontrasse por lá algo falando como é a vida da mulher pobre, a realidade seria muito diferente e não ia vender O Globo pra quase ninguém. Afinal, pobre gosta mesmo é de notícia que tenha violência explícita e futebol. Se tiver comportamento não vai vender, só se for mal comportamento. Temos pesquisas sérias sobre a mulher carioca bem sucedida, bonita, obviamente rica, solteira, frquentadora dos mais badalados restaurantes, bares e afins...É bastante instrutivo para a elite carioca. Mas para mim corresponde apenas a uma, no máximo interessante leitura de sábado a tarde. As mulheres são lindas, é verdade. E só a idéia que o jornal obriga um homem a ter que é possível conquistá-las frequentando um dos lugares citados é bastante tentadora. Mas é - desculpem o mau jeito das palavras - chato, ler sempre sobre o mesmo "aspecto" de mulher. Por que não ler sobre as mulheres que não são bem sucedidas? Por que não sobre mulheres mais meninas. Aquelas do telemarketing, por exemplo? Não sei. Mas o fato é que não temos matérias nem nos jornais, nem nas revistas sobre isso. É uma pena, porquê quem não é fã dessa mulher "pré-escolhida" acaba tendo um pensamento que está completamente errado quanto ao tipo de mulher que lhe é mais, digamos... "conveniente" (esclarecendo:não é machismo nenhum, só não encontrei a palavra certa!). É claro que esses comentários foram para não tornar visível a verdadeira face da crítica. A venda de um pensamento falso de bem estar social, e de uma "vivência" irreal àqueles que permanecem na classe média baixa e aos que decaem daí. Isso é visível não só nesse shopping jornalístico de meios de vida e consumo, mas também na vida ilusória exportada pelas novelas e noveletas da teledramaturgia nacional. Se duvidam, vide os alunos do colégio mais famoso da televisão. O Multipla Escolha. A noveleta "Malhação", dá ao telespectador uma imagem fictícia da realidade brasileira. Ricos e pobres no mesmo colégio, convivem em harmonia e mantém relação de puro afeto e respeito mutuo. Ora, tudo bem que a luta de classes idealizada por Marx já não assusta nem o meio acadêmico, mas dizer que ela simplesmente não existe é dar crédito total a essa idéia absolutamente tola que todos podem conviver socialmente em paz profunda. Uma prova dessa "luta de classes" eu obtive num show do Pearl Jam. Equanto o pessoal do camarote dançava(?) no término do maravilhoso espetáculo a galera do tumulto, onde eu estava presente, graças a Deus, jogavam garrafas d'água vazias, copos, dentre outras coisas embaladas por alguns palavrões e "elogios" destinados ao publico feminino. Vale lembrar que tudo isso unica e exclusivamente pela divisão entre uma madeira numa altura adequada para se ver em perfeitas condições, o show e lá embaixo a galera que talvez não tenha visto tão bem. Então, realmente temos mesmo que inconscientemente, se não uma luta de classes, uma divisor de águas que nos diz que essa venda de modos de vida e consumo existem, mesmo que pouco paupável, mas ainda sim ferindo a mente daqueles que não gostam de seguir os padrões que tentam nos empurrar através dos meios de comunicação.</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-4137524505450089512007-07-21T23:28:00.000-03:002007-07-22T15:26:17.107-03:00Um pouco de música<a href="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/RqOhN2M3J6I/AAAAAAAAABo/jz4O2hBW9e4/s1600-h/al.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090089263118624674" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/RqOhN2M3J6I/AAAAAAAAABo/jz4O2hBW9e4/s320/al.jpg" border="0" /></a><br /><div>Falando um pouco de música, aliás pela primeira vez diretamente desde de que coloquei o blog no ar, estou horrorizado com o impacto que a tal crise da indústria fonográfica mundial está causando no povo. Ou uma pequena quantidade dele. Tudo bem que os ipods e companhia estão arrebentando com o mercado de CDs, e a pirataria também comanda isso, mas estão me assustando. Sempre leio algo que me força a ir comprar mais um disco. Eu sei que também sou fã de Cd com encarte, letras e tudo muito bonitinho. Sou a favor de arte na capa e desenhos ao invés de nome da banda. amo CD original. Mas não comprava um desde muito tempo. Baixava todos. Até que há uns seis meses, li uma dessas matérias de jornal sobre a bendita crise. Pronto! Láfui eu comprar uns CDs antigos nas Lojas Americanas. Agora, como um louco, uma vez por mês faço isso. Pelo menos um aquisição importante. Aquele CD que não posso deixar de ter original. Mas peço, não me desesperem. Pois o meu dinheiro é tão curto quanto o tempo de vida da indústria fonográfica. Amanhã, se tudo der certo, comprarei o Kid A.<br /><br /><br />Mudando de assunto, mas nem tanto, estou sentindo falta de Los Hermanos. Eu sei que os caras não precisam fazer música para agradar ninguém. Mas será que se eu disser, "estou tão triste com esse tempo que corre sério risco de eu gostar de Moptop!" vai adiantar? Tá! Eu adorei a Orquestra Imperial. Mesmo assim, quero o Amarante fazendo um monte de doideiras com o Camelo - sem a Sandy dessa vez -, Medina e Barba. É um pedido para a volta. Mais um. Mesmo que o grito se perca. Num modo geral, falando de música, quero dois CDs da Bjork que ainda não pude comprar, assistir as Chicas, a Mariana Aydar, a Marisa, a céu, a Roberta Sá, a Orquestra Imperial, e o Artic Monkeys. Quero ouvir o novo do Queens Of The Stone Age e o velho do Cartola. Quero sempre mais música e Los hermanos de volta. É claro!</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6013439448671282394.post-6673873667008252762007-07-01T23:33:00.000-03:002007-07-01T23:45:38.602-03:00A primera semana!<a href="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/Rohmst4trDI/AAAAAAAAAAw/dmUTlrylfz8/s1600-h/bar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5082425097905351730" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_a7EAh279VHg/Rohmst4trDI/AAAAAAAAAAw/dmUTlrylfz8/s200/bar.jpg" border="0" /></a><br /><div>Nessa primeira semana de blog no ar, eu redescobri o prazer de escrever com o intuito de me agradar e agradar aos leitores desse blog. Os amigos é claro são o publico alvo para isso. Mas é bom ressaltar que, no fundo escrevo para que os desconhecidos conheçam a já famosa papelada que engolfava o meu quarto. Hoje, escrevo ainda pra contar como foi essa primeira semana pessoalmente falando, deixando de lado esse lado profissional e se aprofundado ainda mais na prosa. A prosa de fundo de quintal, portão do vizinho, boteco e festa de família. Por onde começar...? Ah, claro! Quero agradecer o carinho dos amigos e dos conhecidos que leram o blog e gostaram. E os que não gostaram, paciência. Ninguém agrada a todos. Porém, para os que gostaram o carinho foi grandioso. Gente elogiando, gente feliz com essa nova empreitada, gente legal e gente. Principalmente gente. Fico realmente feliz com o rumo que as coisas tomaram e peço pra que continuem aqui, visitando ou simplesmente xeretando. Que eu possa cada vez mais, fazendo o que gosto, divertir vocês de algum modo. Continuando, quero agradecer ao meu amigo Helio, que publicou uma letra de canção minha no blog dele, onde qualquer amigo do cara pode contribuir com textos próprios. O cara fez uma pequena resenha muito legal sobre a minha letra e me obrigou a ficar orgulhoso de mim. Se alguém quiser conferir está aí o endereço -> (<a href="http://www.lacartaentrelinhas.blogspot.com/">http://www.lacartaentrelinhas.blogspot.com/</a>). E mais ainda. O blog fez um certo sucesso inesperado e um amigo chamado Jonathan Bassut contribuiu muito com meu ego, dizendo que a última coisa que leu melhor que os textos do Estorieta foi uma crônica do Veríssimo. Ah, meu Deus! É muito pra esse coração doentinho. Assim minha mãe não vai me aguentar, falando toda vez que eu preciso me empenhar mais com esse lance de escrever e ler. No geral, a semana foi muito proveitosa, mas também muito normal. Quase todos os planos feitos foram repensados para essa semana pois tudo ficou meio turvo quando descobri que o dinheiro era escasso nesse início de mês. Pelo menos por enquanto. Mas logo tudo vai se cumprir de uma forma mais sensata e de acordo com o planejamento. Conforme for, conto como tudo se deu. Ah! Tenho algo pra falar sobre diversão. Aliás é uma dica muitíssimo interessante. Se algum dia você ligar para os melhores bares do Rio e não conseguir absolutamente nada além de caixa postal e festas exclusivas, vá até o Norte Shopping ou ao Nova América Outlet Shopping e rume para as ruas dos bares. Elas ficam abertas até bem tarde e nos fazem beber bom chopp, comer bom petisco e rir a vontade. Aliás, uma boa opção de tema para prosas desse blog é a falta de respeito dos bares cariocas aos boêmios em busca de informação. Até logo.</div>Guilherme Cabralhttp://www.blogger.com/profile/14695903035527244370noreply@blogger.com2